Francisco Vera Paz foi o instrutor da Oficina de Dramaturgia promovida dentro da Programação paralela do Festival De Teatro do Tapajós, ocorrida no início da tarde deste sábado (11), no espaço do Theatro da Paz, em Santarém.
A proposta da oficina permitiu desenvolver alguns fundamentos conceituais e também práticos de que não se trata apenas de limitar o texto teatral, mas de despertar o pensamento de reflexão e identidade.
“Que eles saem daqui com pensamento na identidade dramatúrgica, do texto que pretende realizar e fazer. A ideia é que as pessoas consigam perceber no próprio teatro da vida, do próprio cotidiano delas, elementos que possam usar para trazer justamente para dentro do texto teatral”, ressaltou Francisco.
Na oficina, o método utilizado para repassar conhecimentos aos alunos foi em uma roda de diálogo. O oficineiro fez referências aos artistas locais, a dramaturgia santarena, tais como Patrícia Sardinha e Laurimar Figueira. O momento concentrou argumentos e ideiais da dramaturgia baseado em um repertório de ilustrações organizadas em cenas teatrais, como imagens de contos, de fadas, além de cantigas de rodas.
A estudante Valentina Prata Fernandes, de 15 anos, viu na oficina a oportunidade de impulsionar ainda mais o sonho de imergir nas artes cênicas. “Quero me tornar uma atriz, sempre me interessei sobre teatro, atuação, mas também eu gosto de aprender sobre escrita, porque eu escrevo poesia. E a dramaturgia é um negócio que me atraia muito, sempre quis muito saber sobre esse mundo e isso aqui foi o que me ajudou a descobrir mais e mais”, afirmou.
Já o Professor do Ensino Infantil, Eduardo Evangelista, se interessou na oficina por se identificar com a linguagem do teatro e por ser um complemento na sua carreira de docência. “Nas minhas contações de histórias, da prática em sala de aula, dos objetos que utilizo, trabalho com música e com uma imagem visual que são bonecos e a dramaturgia pode me ensinar a engrandecer e encantar através das histórias”, disse.
Por fim, destacou o misto sentimento provocado por meio da dinâmica da oficina. “Toda produção cultural, toda forma de arte, todo projeto que se você propõe a difundir conhecimento é um momento único, quem se identifica deveria participar, porque isso acrescenta muito na vida das pessoas que trabalham com essa linguagem”, finalizou o educador.
Serviço: Idealizada pela dupla de fazedores de cultura de Santarém, Elizângela Dezincourt e Elder Aguiar, responsáveis pelo Grupo Olho D’água, o evento tem o patrocínio da Equatorial Energia Pará, por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. O objetivo do FestTeatro é proporcionar experiências dos fazeres e saberes em uma verdadeira imersão artística, de encontros com a comunidade amazônica.
Assessoria de Imprensa do Festival
Texto: Diene Moura – Jornalista
Revisão: Natashia Santana – Jornalista
Foto: Júnior Aguiar e Carlos Cristiano