Conduzido pelo facilitador Alenilson Ribeiro, o segundo dia de capacitações promovidas pelo Festival de Teatro do Tapajós rendeu aprendizado e troca de experiências sobre o contexto histórico das artes cênicas na Amazônia. O workshop aconteceu no Teatro Victória com o tema “Teatro Santareno Contemporâneo e a Amazônia Legal”.
Na oportunidade, Alenilson que atua na área do teatro e também é professor de história abordou sobre a iniciação desse fazer teatral na região desde as primeiras missões dos jesuítas até os dias atuais, incluindo as transformações tecnológicas.
Neste contexto os participantes conversaram sobre linguagem, prática teatral, roteiros e métodos utilizados pelos grupos em Santarém.
“Não tem fórmula, cada grupo encontra sua maneira de trabalhar essa arte”, enfatizou Alenilson, que prosseguiu ressaltando que em Santarém se faz necessário manter a ancestralidade e o imaginário amazônico, sendo estes, segundo ele, os pontos da essência teatral na região.
Para a jovem Isabela Marinho participar desse encontro serviu de impulso para o aprofundamento nos estudos teatrais. “Aprendi muito como tudo começou em nossa cidade, isso me ajudou a refletir sobre o teatro na minha cidade e que precisamos valorizar ainda mais essa arte, pois tenho vontade de seguir nessa carreira e essa capacitação foi importante pra mim”, enfatizou.
Outro ponto em destaque foi reafirmado pelo estudante João Vitor que diz respeito à maneira como era trabalhado o teatro antigamente. “O facilitador falou dos textos e eu achei muito interessante, as mudanças que aconteceram e a presença das mulheres que só foram permitidas no teatro anos depois, mais um motivo pra eu pesquisar também”, destacou.
Com o intuito de proporcionar acesso e formação da classe o festival tem sido um forte ponto de reencontro de artistas e apreciadores da área.
Ao final os participantes foram certificados garantindo mais uma etapa formadora do festival.
Serviço: Idealizada pela dupla de fazedores de cultura de Santarém, Elizangila Dezincourt e Elder Aguiar, responsáveis pelo Grupo Olho D’água, o evento tem o patrocínio da Equatorial Energia Pará, por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. O objetivo do FestTeatro é proporcionar experiências dos fazeres e saberes em uma verdadeira imersão artística, de encontros com a comunidade amazônica. Assessoria de Imprensa do Festival Texto: Ageíse Navarro – Jornalista
Revisão: Natashia Santana – Jornalista